4.12.09

O Pranto Massificado

Você, que lê isso - perdendo seu tempo -, pode achar que estou escrevendo um conto. Um conto bonito, com - como diria Lemony Snicket - elfos felizes, se enganou. E muito. Esse tal não se passa, de apenas, um título nao relacionado e o que escrevo agora é so um passatempo, enquanto minha mãe está enchendo linguiças em seu açougue. Falando em linguiças, há realmente uma coisa que gostaria de dizer a vocês: dentre tantas outras coisas, o pranto (que aqui vamos chamá-lo disso) se massificou. Todos choram. Todos, no dia mais bonito possivel, tem algum motivo pra chorar, mesmo que ele seja inexistente. Todos choram: a mulher chora, o homem chora, a menina, que algum dia fora feto, chora, junto com o menino, que chora baixinho, miado, pois homens não choram. Aqueles contra o chorar, choram, e aqueles que ja criticaram - como eu - o chorar sem motivo, choram. O pobre e o rico choram, ou no alto da laje, ou no terceiro andar da mansão. Todos enchem os rios, transbordam a rua. Todos choram. Ninguém sabe por quê. É um Pranto Massificado.

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