31.7.11

não é paz, é medo

e, talvez, inspirar fundo e me atirar da colina. Esse é um desejo muito cabível em mim. É loucura, quem sabe... Só que, já percebeu, que, por vezes, viver cansa a nossa beleza? De que adianta viver sonhando com o fim? E de que adianta viver em caos sabendo que vamos todos morrer? Me entende? E mesmo assim, no entanto, a profunda paz só chega quando nos atiramos da colina. A queda livre, sem cordas ou possíveis salvações, parece arrancar de nós o ruim. Tira-nos a vida... Nunca me vi caminhar em paz. Nenhum de nós nunca nos viu andar tão bem que poderíamos morrer. Faz sentido? Andar andar andar e respirar e aí caiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiir. E morrer. E, enfim, viver em paz.

21.7.11

Imma juz' lie down on yuh lap and let ya sof'ly pass yuh hand through my hair: that's my alibi.

20.7.11

I will love you for always & Once and for all

So because of loving you you've left me in ruins and it doesn't matter how hard I try I just can't pick me up apart and you are killing me killing me killing me KILLING ME KILLING ME KILLING ME so make it fast and murder me or just bury me while I still breathe and then kiss my corpse goodbye so I can rest in peace

15.7.11

Você está um caos! Mas também, pudera!, que tempestade que faz, não é mesmo?

12.7.11

- Quer dizer, agora, que culpar o seu humor é a saída mor pra todos os seus problemas?!
- Não quero dizer que tenho problemas, Toinette...
- Como assim, não tem?
- Não sei. Penso que tem tanta gente tão mais fodida do que eu...
- Essas pessoas são fortes, entenda isso.
- Sim... São fortes porque são fodidas.
- Não. São fortes porque conseguiram se superar.
- Mas... Como? Como eu vou me superar, Nette?
- Você é muito fraco.
- Jogar verdades na minha cara não melhora em nada minha situação!
- Eu sei, acalme-se. Escuta, ser forte é saber superar os problemas. Antes de mais nada, você tem que assumir que os tem e não ficar nessa tosquice e nesse marasmo de humor. Te trancar na porra do seu quarto e chorar não vai te adiantar de muita coisa.
- Mas...
- Eu já te disse o que fazer. Não tenho mais como ajuda-lo.
- Não vai embora, Antoinette, por favor!
- Voltarei assim que me quiser de novo. Adeus.

11.7.11

O Fado de Antoinette

(A ser lido pausadamente, talvez, ao som de "Sur Le Fil" http://www.youtube.com/watch?v=MjwVyITV0xU)

Muito já me vi chorar e muito já me vi enlouquecer. Esses dias, decidi sair de casa, de camiseta e cueca, e sentar na calçada. Fazia um puta de um frio e eu tremia demais - afinal, é inverno. Meu plano de observar os seres humanos da rua falhou, já que ninguém passava. Não desisti, no entanto, da calçada. Acho que, por um acesso de loucura, passei a conversar com ela... Ela me dizia coisas sobre as pessoas que já haviam pisado nela. Fiquei surpreso, também - não sabia que calçadas pensavam. Pensam sim. São muito inteligentes e observadoras. Ela estava bastante erodida e mal conseguia falar. Na verdade, ofegava ao invés de proferir palavras. Tinha um nome um tanto quanto incomum...

Perguntaram-me o que posso tirar d'uma conversa com uma calçada. Disse-lhes que todos nós somos insanos de alguma forma. A calçada disse-me estar fadada a aguentar ser pisada para o resto da vida. Disse-lhe que também tinha um fado. Estava fadado a não amar para sempre. Ela ficou espantada. Disse que todo o ser humano tinha o mesmo destino. Ela cortou-me aí e falou que não queria discutir conceitos como humanidade... Restringi-me, então, a falar apenas sobre nós dois.

Ofereci algo para beber. Fui buscar alguma coisa quente para nós. Coloquei uma calça e uma blusa nesse meio tempo. Voltamos a nos falar e eu continuei minha história sobre minhas desventuras. Contei da incapacidade de amar. Continuava espantada e não entendeu uma só palavra do que disse. É... Desdar os nós da alma às vezes é difícil até quando estamos loucos. Por ora, achei-me incapacitado de esconder o pranto. Chorei sem dó, afinal, não vi problema algum em chorar frente à minha própria loucura. Ao enxugar meus olhos, não mais enxergava a calçada... Não pudemos conversar sobre o fado dela. Acho que a encontrarei num próximo dia que estiver louco e prantoso...

8.7.11

Todos os choros de dias passados foram-se embora hoje...
Eu to com raiva e de saco cheio. Saco cheio e raiva de mim mesmo. Eu não to conseguindo me controlar... Eu sou um daqueles dias que, nao importa que porra aconteça, a gente não quer tirar a bunda da cama.

(Desculpa, tava precisando)

5.7.11

- Você disse que aguentaria!
- Pois é, eu menti.

Conversa

É dificil olhar para mim, eu sei. Mas tente um pouco mais. Olhe bem aqui, nos meus olhos. O que vê? Nada, não é mesmo? Vou lhe contar uma história sobre este par... Eu os fiz de escravos. Toda vez que sentia em mim algo diferente, amarrava estes mesmos olhos, que agora são nada, no pau de arara e os chicoteava até que sangrassem hemorragicamente. Deles, saiam lâminas afiadíssimas, que eram resultado daquilo que tinha dentro de mim. As lâminas nunca, no entanto, eram o suficiente para me livrar do meu interior em guerra. Fui perdendo meus olhos... E, enfim, os libertei e os joguei à escuridão, para o merecido descanso.

Chegue mais perto, não tenha medo. Olha esta ruga, bem aqui... Não é uma simples ruga. É o resultado de uma erosão profunda. Quando deixamos a alma exposta às dores por muito tempo, começamos a perceber o desgaste dela em nós mesmos. No lugar desta ruga, costumava haver paz. Paz... Acho uma palavra bonita. Todos nós buscamos incessantemente estar em paz, não é mesmo? Ela é dificil de achar. Ainda a busco. Parece-me que nunca a encontrarei, contudo.

Por que já vai? Não te agrada a conversa? Fica mais. Ah, se insiste tanto em ir, vá... Pode ir, ficarei bem. Adeus!

3.7.11

Ando perdendo as palavras para poder descontar minha dor. Não digo que seja uma dor propriamente dita. Seria mais uma... hesitação. Um pessimismo encrustado na minha alma. Não tenho mais falas para, assim, quem sabe, compensa-lo. Tenho vontades, quereres... Mas mamãe tinha razão, querer não é poder. As palavras... fugiram-me. Acharia inútil buscá-las. Estou meio perdido. Em todos os sentidos.

(Desculpem-me pelo fragmento, que não faz sentido algum.)