30.1.10

Everybody's fool

Perfect by nature. Icons of self-indulgence - just what we all need.
Pelos passos (e ante passos) que dei, por aqui paro. Me desculpem. Adeus.

22.1.10

Liberdade de Expressão

Grite até sua garganta arranhar tanto que voce nao consiga mais nem sequer cochichar. Use.
Ora, mostremos nossa falsidade. Afinal, falsidade hoje em dia é a ultima tendencia. Vamos adotar um negro, direto da África, tirá-lo de sua família para apenas socializar com meus amigos socialites. Vamos doar dinheiro para o Haiti, tadinhos. Mas um detalhe, demonstremos nossa generosidade na teve, como fez a Coca Cola. Aposto que é bom marketing. Também iremos ajudar com a AIDS na África do Sul. Hoje em dia a cura da AIDS é a fama! Vamos todos colocar sempre sorrisos na cara enquanto explodem-se bombas químicas no Iraque! Hoje, tomemos banho de banheira, mas sem hidromassagem. Vamos nos preocupar com a falta de água no mundo. Pensemos no que tweetar sobre nossas boas ações enquanto Miami é afundada em água. Que tal se tirarmos nossas tropas do Oriente Médio? Mas claro, depois de retirar todo o petróleo e salvar a população matando todos. Vamos esbanjar falsidade, dar o Nobel da paz para o presidente de um país que matou milhões. Afinal, futilidade hoje em dia é a ultima tendencia.

17.1.10

Goodbye from nowhere

The wild snow made me grow tired of it. It killed my family, my friends and my soul. Now, the only thing left is this horrible orphanage. If I scape from here again and they find me, this means I'm dead. So, I'm taking note. To make my mind feel alive. That's it. Goodbye.

13.1.10

I've bought some new archive drawers to place my thoughts. Now, it's on me in which way i'm going to organise them. I barely know how I will do it, although i have some good ideas.

8.1.10

- Erm... Desculpe senhor, mas eu tenho um problema.
- E qual seria? - disse algum tipo de oficial a pobre senhorita, num tom impossivelmente mais ríspido.
- Eu trouxe duas malas no ônibus... E aparentemente só encontrei uma.
- Uhm... Senhorita, não há mais nenhuma mala dentro do ônibus. Você deve ter deixado em casa.
- Não. Isto... Isto seria impossível. Eu preciso daquela mala aqui. Você não entende. Eu tenho certeza que a trouxe.
- Senhorita, não há nada que eu possa fazer, desculpe.
- Escute... Você não compreende. Eu trouxe. Tenho a maior certeza do mundo. Como você garante que... Que o porta-malas abriu e minha mala ficou para trás?
- Se o porta-malas estivesse aberto, mais malas teriam caído. Com licença, senhora, você está ocupando meu tempo.
- Senhor, vocês são responsáveis pelos pertences dos passageiros enquanto eles estão no poder de vocês...
- Senhora, não somos responsáveis por bagagem que nunca, se quer, entraram no veículo! - disse o oficial gritando.
- Senhor, por favor, me ajude! Eu preciso daquela mala.
- E o que há de tão importante lá?
- Minhas lembraças, meu filho falecido, meu marido assassinado, restos da minha casa... Minha vida! Senhor, por favor, eu lhe peço! Me ajude, me ajude, me ajude... - implorou a senhorita caindo em prantos, soluçando. Aos olhares dos de fora, diriam que ela estava literalmente morrendo de chorar.
- Senhorita, você está louca.
- Escuta aqui, - apontou o dedo e agora começara a ameaçar o policial - minha vida já foi muito desgraçada para um policialzinho de uma rodoviaria mediocre tirar tudo o que eu tenho de boas lembranças dela! Me deixem passar. Parem esse ônibus! - a mulher agora tentava ultrapassar o portão da plataforma, para poder recuperar sua mala.
O policial, comovido, correu atrás da mulher. Agarrou-a com tanta força, jogou-a no chão, e com um suspiro maléfico, pos-se a espancar a mulher. E com tanta força o fez, que esta começou a sangrar em questão de segundos. Depois de muito espancar, deixou a pobre mulher gemendo no chão da rodoviária, como se fosse um cão preseter a morrer. Quem passava pela mulher pouco se importava com todo aquele sangue no chão ou com os gemidos da pobre moça. Apenas passava reto, apressado.
Após alguns segundos no chão, a mulher, com suas últimas forças, gritou. Soltou um grito de desespero, de dor. Foi quando começou a chorar. E sem mais, morreu naquele chão da rodoviária. Ninguém se dignou a tirar o corpo de lá. Nem se dignará.