6.11.12

E as feras estão se proliferando por toda a parte enquanto as mais antigas delas, todas entranhadas nas minhas tripas estão morrendo e morrendo e morrendo... E as novas são mordazes, como se a fome se lhes restasse no estômago infinito e como se elas vivessem pra se alimentar das minhas últimas vísceras de vontade. E me enjoa e eu vomito e vomito e vomito até que minha garganta se tranca e não sei mais vômito e não entra mais ar e eu morro e eu morro e eu morro por dentro e por fora. E quando eu morrer - mas só quando o meu último suspiro se desfizer no ar, quando a última gota fel escorrer pelo meu lábio - os vermes do passado, do presente e do futuro virão comer a minha carne - meu último legado - e não deixem que isto aconteça! Eu quero o meu corpo - PELO MENOS ELE - são e salvo dos gases e das putrefações!

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