7.3.11
Sabes, amor... Acho que nunca falei contigo por aqui. Não, não te assustes por estar o fazendo agora - e só agora -... Vês, acho que te amo. Sou incerto quanto aos meus sentimentos por ti, meu amor. Mas bem crees que é verdade que te quero. Sei que tens certeza de que te quero. Por que, mesmo assim, então me aboninas? Abomina-me mesmo? É, não sei... Nunca ouvi nada de tua boca. Deve ser porque também não te conheço o bastante para poder dizer algo sobre ti. Mas entendas, meu amor, que te quero. Não por amar-te. Mas por querer-te. Não nego que posso amar-te (Sim, Amo-te, amo-te mais que tudo!). Apenas desejo abraçar-te e cubrir-te de ternos beijos e prazeirosas carícias, os quais nunca pude oferecer verdadeiramente a ninguém. Ouça-me, linda. Desejo-te mais que tudo. Podes fazer de mim o homem mais feliz do universo!
28.2.11
23.2.11
Iminência ao término de si
- Tá tudo bem?
- (Não. Eu sou corrosivo. Eu corroí de mim cada centímetro quadrado de matéria orgânica. Consumi da minha alma tudo o que eu podia consumir. Acabei com ela. Dilacerei. Deteriorei. Eu fiz de mim tudo aquilo que eu não queria. Eu quis resolver minha própria vida fugindo dela. Escondi todos os meus segredos de mim mesmo com a esperança de que alguém pudesse me responder onde estavam, porque estavam, como estavam... Guardei tantas vezes as lágrimas que parece que elas todas se reservaram num lugar, prontas para, quando formada a colônia, me amargurar por completo. Eu me desvalorizei, me fiz inferior e quis ser superior por puro orgulho. Me devorei, arranquei a minha pele, me fiz sangrar dentro da falsa paz que criei, mas que, na verdade, nunca tive. Cortei os braços aos poucos até não conseguir alcançar os meus desejos. Soquei minha barriga ao ponto de sentir dores insuportaveis. Arranhei as minhas pernas tanto que já não consigo mais me sustentar. Agora, parece que tudo desaba em cima de mim. Parece que não consigo mais viver os dias felizes. Parece que nada nunca vai se resolver [e esse é o meu maior medo]. Eu estou triste. Eu sou triste. Eu me criei triste...) Sim.
Desculpa. Acho que eu falo demais.
- (Não. Eu sou corrosivo. Eu corroí de mim cada centímetro quadrado de matéria orgânica. Consumi da minha alma tudo o que eu podia consumir. Acabei com ela. Dilacerei. Deteriorei. Eu fiz de mim tudo aquilo que eu não queria. Eu quis resolver minha própria vida fugindo dela. Escondi todos os meus segredos de mim mesmo com a esperança de que alguém pudesse me responder onde estavam, porque estavam, como estavam... Guardei tantas vezes as lágrimas que parece que elas todas se reservaram num lugar, prontas para, quando formada a colônia, me amargurar por completo. Eu me desvalorizei, me fiz inferior e quis ser superior por puro orgulho. Me devorei, arranquei a minha pele, me fiz sangrar dentro da falsa paz que criei, mas que, na verdade, nunca tive. Cortei os braços aos poucos até não conseguir alcançar os meus desejos. Soquei minha barriga ao ponto de sentir dores insuportaveis. Arranhei as minhas pernas tanto que já não consigo mais me sustentar. Agora, parece que tudo desaba em cima de mim. Parece que não consigo mais viver os dias felizes. Parece que nada nunca vai se resolver [e esse é o meu maior medo]. Eu estou triste. Eu sou triste. Eu me criei triste...) Sim.
Desculpa. Acho que eu falo demais.
20.2.11
Terapia
Me larga. Não quero mais abafar o som do meu choro no teu peito. Na tua sala. Eu quero mesmo é gritar. Eu quero dizer publicamente que eu sim estou triste. Que eu sim estou com raiva. Eu não quero sair dessa sala e simplesmente fechar a porta. Eu quero sair daqui, arrebentar a porta, chutar o assoalho, fazer o teto cair e quebrar todas as paredes. (Porque é isso que o palhaço faz.)
- Professora, me diz o que há comigo. Me responde porque ando tão triste... Porque choro todos os dias, porque não consigo ficar em paz! Qual é o problema, afinal? Me responde porque sou tão inseguro, porque na solidão sou triste... Porque na companhia sou triste. Por quê?
- Eu não sei te responder, querido. (Abraçando-me forte)
- Mas professora, a senhora não sabe de tudo?
- Eu não sei te responder, querido. (Abraçando-me forte)
- Mas professora, a senhora não sabe de tudo?
14.2.11
Deixei de ser? Ou Carta sem despedida parecida com um suicidio
Caro Coração,
Eu me dissequei. Expus para mim mesmo todas as minhas feridas. Para os que nao sabem, a alma é a personificação, mesmo que nao personificada, dos machudados de um ser humano. Portanto, expus minha alma. Nao contente com a exposiçao, quis cutucar minhas feridas. Cutuquei a primeira, fazendo-a sangrar. Cutuquei a segunda, fazendo-a sangrar. Cutuquei a terceira, fazendo-a sangrar (...) Enquanto escorria o sangue vermelho (aquele sangue amargo dos que preferem trancafiar os sentimentos dentro de si) na minh'alma, nos meus olhos, escorria um sangue peculiar, transparente - indicio da falta de coagulaçao nos machucados existenciais. Ai eu quis deixar de ser... Quis desistir da vida, pois, mesmo me estudando, nao me entendi. Nao achei a resposta pros meus sentimentos... Nem a casquinha coagulativa necessaria para cobrir meus ferimentos. Nem nenhuma resposta prudente.
Eu me dissequei. Expus para mim mesmo todas as minhas feridas. Para os que nao sabem, a alma é a personificação, mesmo que nao personificada, dos machudados de um ser humano. Portanto, expus minha alma. Nao contente com a exposiçao, quis cutucar minhas feridas. Cutuquei a primeira, fazendo-a sangrar. Cutuquei a segunda, fazendo-a sangrar. Cutuquei a terceira, fazendo-a sangrar (...) Enquanto escorria o sangue vermelho (aquele sangue amargo dos que preferem trancafiar os sentimentos dentro de si) na minh'alma, nos meus olhos, escorria um sangue peculiar, transparente - indicio da falta de coagulaçao nos machucados existenciais. Ai eu quis deixar de ser... Quis desistir da vida, pois, mesmo me estudando, nao me entendi. Nao achei a resposta pros meus sentimentos... Nem a casquinha coagulativa necessaria para cobrir meus ferimentos. Nem nenhuma resposta prudente.
6.2.11
31.1.11
Os Sofrimentos do Jovem Werther
Também, trato meu pobre coração como se fosse uma criança doente: dou-lhe tudo o que pede. Mas não diga a ninguém: há pessoas que não me compreenderiam.
8.1.11
6.1.11
Growing up
Laurence had just woken up when he noticed something quite queer. One of his eyes was gone. He thought it could be possibly hidden in the bed he was sleeping in, so he began to search into it. Haven't found his eyes, he stepped towards his wardrobe, opened its drawers and started unfolding all the clothes that were inside them desperately. Out of the sudden, his other eye popped out on top of the unfolded clothes that fell on the floor. No blood, no sign of wound. Just an eye popped out of its orbit. He picked the eye from the floor and started annalizing it. He found all that was going on quite queer, but kind of interesting. He just couldn't grasp, though, how his eye fell from his face and why it happened. Did it have a signification? Or was it something that just happens to everyone some time? Not having thought much, something began to bother the boy. It didn't quite hurt, but it itched. He, then, touched his face, the hollow his popped eyes have left and noticed that new eyes had grown. Laurence felt weird with his new eyes. He could look behind, something that have never happened to him before. He could remember of a memorable past. He had grown up.
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