5.5.10

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Tinha uns olhos profundos tais quais precipícios que pensamos em jogar-nos ou um outro qualquer quando queremos o mal alheio (inclui-se 'nós' em alheio, nao esqueçamos). Era exatamente isso que sentia. Mas nao aos olhos propriamente ditos... Ao todo, à fera, aos dentes, ao busto, às costas, ao monstro. Sabia que nao era um monstro físico. Mas podia crer que era um encarnado em corpo de gente. Maior que as trevas podiam suportar, o mandaram ao mundo humano-mortal. Ia morrer logo, uns 40, 50 anos a frente. Mas era tentador. Perigoso. Podia sentir a adrenalina subir. Nunca fizera algo tao surpreendente antes. Seria a primeira vez, se decidisse jogar-? no tal precipício. Era selvagem, avassalador. No fim, foi decidido que sim. E morr?.

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