8.8.11

Definhados aqueles que assistem à morte com um sorriso no pálido rosto

Choveu. E fugia de algo incerto. Sabe-se que corria, corria muito. E numa dessas, escorregou na rua, à beira de um beco barroso e fedido. Arrastou-se ao lugar e lutou contra o barro. E tentava esquivar-se da chuva e lutava contra aquele lamaçal com o medo de chafurdar... Lutou em vão.

Determinado momento, desistiu. Daí, envolveu-se pela lama fétida. E lambusou-se dela e lambeu-a como se fosse chocolate adocicado e quis sentir o mel inexistente daquela mistura nojenta. Deixou-se cobrir pelo barro. E definhou, ali mesmo.

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