21.4.12
Primeira parte (I - Do prólogo [Lúcido])
Pois esta caneta não risca mais nos papéis dos meus diários - talvez os papéis as rejeitem; porque de tantos que já arranquei já quase destruo meus pensamentos; é incrível como desestruturar um simples caderno pode ser uma reação em cadeia - sinto que minha vontade tem se degradado cada vez mais e mais do que é possível pr'um simples ser humano conseguir carregar. Afinal, humanos não somos mais e já deixamos de o ser desde que o homem se disse homem e de que o rei se disse rei. Pois conseguiram uma vezinha na vida de vocês amar a outra coisa que não tuas calças feito Byron? E como se nem a Byron o era alcançável?!, então não somos seres e muito menos humanos não amamos e tampouco usamos os instintos - quer dizer, instintos temos mas não aqueles naturais e seletivos, selecionamos quem quisermos que morra.
Segunda parte (II - Do miolo [ausente de sanidade])
EU QUERO OUVIR DA BOCA DE VOCÊS! DE VOCÊS MESMOS, DE VOCÊS IMUNDOS E SUJOS E CURRALADOS me diga você meu senhor oh nobre senhor não me leve a mal mas olhe aqui nestes meus olhos mesmos ou no que o senhor poderia julgar como um grande saco de bosta olhe e me diga QUANDO QUE O SENHOR DONO DESTE CU DE CÚPULA PÔDE PENSAR POR SI MESMO E DITAR A TI O QUE QUERIA DE VERDADE ora não me levem a mal apenas quero dizerlhes a verdade ora meus nobres senhores não me levem a mal por favor...
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