7.7.12

Mãe,

Eu sou teu único filho e dizem todas as bocas imundas que eu deveria te proteger - sabemos, pois, que esta premissa é uma inverdade. Protege-me tu como jamais eu poderia e saberia te proteger. Mas sinto que estou mais pra lá do que pra cá, embora eu sinta nos poços da minha alma que eu deveria estar aqui. Não quero deixar a casa vazia e pia entupida de louças e amargura. Não es amarga, com a certeza absoluta de que não es. Tu sofreste como ninguém desde que o nosso pai se foi. Apenas tenho medo, sabe. Tenho medo de te jogar no mundo e deixar-te cair no lago do café sem o açúcar.

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